A Última Hora
Letra e Música: João Diener (1889-1963)
Título Original: A Última Hora
Texto Bíblico: Vinde, pois, e arrazoemos, diz o Senhor: ainda que os vossos pecados são como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que são vermelhos como o carmesim, tornar-se-ão como a lã. Se quiserdes, e me ouvirdes, comereis o bem desta terra; mas se recusardes, e fordes rebeldes, sereis devorados à espada; pois a boca do Senhor o disse. (Isaías 1:18-20)
Acompanhe o hino no Youtube
1. Ao findar o labor desta vida,
Quando a morte ao teu lado chegar,
Que destino hás de ter, ó amigo?
Qual será no futuro teu lar?
Quando a morte ao teu lado chegar,
Que destino hás de ter, ó amigo?
Qual será no futuro teu lar?
Coro:
Meu amigo, hoje tu tens a escolha:
Vida ou morte, qual vais aceitar?
Amanhã pode ser muito tarde, Hoje
Cristo te quer libertar
Meu amigo, hoje tu tens a escolha:
Vida ou morte, qual vais aceitar?
Amanhã pode ser muito tarde, Hoje
Cristo te quer libertar
2. Tu procuras a paz neste mundo,
Em prazeres que passam em vão,
Mas, na última hora da vida,
Eles não mais te satisfarão.
Em prazeres que passam em vão,
Mas, na última hora da vida,
Eles não mais te satisfarão.
3. Por acaso sorriste, ó amigo,
Quando ouviste falar de Jesus?
Mas é só Ele o único meio
De salvar, pela morte na cruz.
Quando ouviste falar de Jesus?
Mas é só Ele o único meio
De salvar, pela morte na cruz.
4. Com a alma manchada não podes
Nunca ver o semblante de Deus;
Só os salvos, remidos por Cristo,
Poderão ter entrada nos Céus.
Nunca ver o semblante de Deus;
Só os salvos, remidos por Cristo,
Poderão ter entrada nos Céus.
Veja a história deste hino
O autor deste comovente convite, João Diener, nasceu em 24 de setembro de 1889, próximo a Moscou na Rússia. Sua família era evangélica, de origem letã. Chegou ao Brasil em agosto de 1897, instalando-se no Estado de São Paulo, onde trabalhou como operário numa fábrica de tecelagem.
Este, seu hino mais célebre, foi escrito em 1911, de uma forma inesperada. Henriqueta Rosa Fernandes Braga conta que João Diener estava trabalhando na tecelagem e pensava na mensagem proferida pelo missionário pioneiro batista. A. B. Deter no dia anterior. Seu trabalho tornou-se mecânico, enquanto aflorava em sua mente uma melodia nunca ouvida antes, mas muito clara. Repetiu a melodia várias vezes e, em sua casa, trabalhou a letra que surgira na fábrica. Durante um período de desemprego, Diener foi amparado pelo missionário Deter e sua família e continuava a morar com eles. Ele pediu a Edith, filha de 13 anos do missionário, que lhe auxiliasse ao piano, e na partitura, enquanto ele compunha “voz por voz” a harmonia desta linda melodia. João Diener cantou-a pela primeira vez na Igreja Batista do Alto da Serra, em São Paulo, num culto em que pregou o missionário William Buck Bagby.
O Pr. Francisco Cid, missionário da Junta de Missões Mundiais (da Convenção Batista Brasileira) na Argentina, escreve em O Jornal Batista uma história comovente da influência mais dramática deste hino:
Certo domingo à tarde, vagueava um homem nas ruas da cidade de São Paulo. Depois de haver bebido durante o dia, se recostou para dormir num dos bancos da Praça Princesa Isabel, a mesma onde fica a primeira Igreja Batista. Passadas algumas horas, ele despertou. Já era noite. De longe lhe vinha aos ouvidos o cântico de um hino! E era seu hino!
Lá na Igreja, o pastor havia terminado a pregação e anunciou o hino final do culto. O hino era A Última Hora. Este homem, separado da família e longe de Deus, ainda trôpego e um tanto ébrio, se levantou daquele lugar frio e de abandono e marchou em direção ao templo. Quando entrou, o Pr. Tertuliano Cerqueira se aproximava da porta, e daquele homem desalinhado e com forte cheiro de bebida alcoólica o cumprimentou e disse: “…Que mensagem de Deus tem este hino! “
O pastor lhe respondeu: “Eu sei que o compositor foi alguém inspirado por Deus. ” Diener lhe disse, então: “Eu escrevi esse hino! “
Em seguida, mostrou ao pastor a sua identificação. Depois, o pr. Tertuliano levou Diener à sua casa, ouviu sua comovedora história e a manifestação daquele coração, que naquela noite havia se arrependido.
João Diener reconstruiu o seu lar, que estava desfeito, reconciliando-se com sua mulher. Voltou a cantar o seu hino, tornou-se outra vez regente do coro da igreja, e foi fiel ao Senhor até a sua partida, no ano 1963.
Bibliografia: Cid, Francisco. A Última Hora, O Jornal Batista, Rio de janeiro, ANO XC, junho de 1990
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